Obesidade: o que é, causas, sintomas, tratamentos e mais!

Obesidade: o que é, causas, sintomas, tratamentos e mais!

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A obesidade é uma doença crônica, que afeta um grande número de pessoas por todo o mundo.

O que é obesidade?

A obesidade é uma doença crônica tratável que ocorre quando existe um excesso de tecido adiposo (gordura) no corpo.

Os especialistas alertam que os seus efeitos mais negativos ocorrem porque atua como um agente que acentua e agrava a curto prazo e de forma muito evidente patologias graves, como a diabetes, a hipertensão, as complicações cardiovasculares (especialmente a cardiopatia isquêmica), e até mesmo alguns tipos de câncer, como os gastrointestinais.

Com exceção das pessoas que são muito musculosas, aquelas cujo peso excede em 20% ou mais o ponto médio da escala de peso de acordo com o índice de massa corporal (IMC), são consideradas obesas.

Causas da obesidade

Existem muitas causas envolvidas na aparição do problema. Além de uma má alimentação ou a falta de exercício físico, também existem fatores genéticos e orgânicos que induzem sua aparição.

Fatores socioeconômicos também podem influenciar. Em alguns países desenvolvidos, a frequência da obesidade é mais que o dobro entre as mulheres de nível socioeconômico baixo do que entre aquelas de nível mais alto.

O motivo pelo qual os fatores socioeconômicos têm uma influência tão poderosa sobre o peso das mulheres não é completamente compreendida, mas sabe-se que as medidas contra a obesidade aumentam com o aumento do nível social.

As mulheres que pertencem a grupos de um nível socioeconômico mais alto têm mais tempo e recursos para fazer dietas e exercícios que lhes permitam adaptar-se a essas demandas sociais.

E, por último, estão os fatores psicológicos, que durante um tempo foram considerados como uma importante causa da obesidade. São atualmente considerados como uma reação a fortes preconceitos e discriminação contra as pessoas obesas.

Um dos tipos de distúrbios emocionais, a imagem negativa do corpo, é um problema sério para muitas mulheres jovens obesas. Isso leva a extrema insegurança e mal-estar em certas situações sociais.

Sintomas da obesidade

O acúmulo de excesso de gordura debaixo do diafragma e na parede torácica pode exercer pressão nos pulmões, provocando dificuldade para respirar.

A dificuldade na respiração pode interferir seriamente no sono, provocando a parada momentânea da respiração (apneia do sono), o que causa sonolência durante o dia e outras complicações.

A obesidade pode causar vários problemas ortopédicos, incluindo dor na parte inferior das costas (dor lombar) e agravamento da artrose, especialmente nos quadris, joelhos e tornozelos.

Os distúrbios de pele também são frequentes. Uma vez que as pessoas obesas têm uma superfície corporal escassa com relação ao seu peso, não podem eliminar o calor do corpo de forma eficiente, por isso suam mais do que as pessoas magras.

Da mesma forma, é frequente o inchaço dos pés e tornozelos, causado pelo acúmulo nesse nível de pequenas a moderadas quantidades de líquido (edemas).

Prevenção da obesidade

Levar uma alimentação saudável e equilibrada, juntamente com a prática regular de exercício físico são chaves para a prevenção da obesidade.

Os especialistas aconselham realizar um mínimo de cinco ingestões de alimentos ao dia em pequenas porções, assim como seguir um padrão alimentar perto da dieta mediterrânea, ou seja, pobre em gordura e rica em frutas e verduras.

Quanto ao esporte, a perseverança é essencial. A recomendação é praticá-lo regularmente pelo menos três vezes por semana durante 45 minutos. A intensidade deve ser adaptada às necessidades e ao estado físico da pessoa.
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Tipos de obesidade

A obesidade é classificada em dois tipos: central ou androide e periférica ou imoidal. A primeira é a mais grave e pode levar a complicações patológicas significativas.

A obesidade central localiza a gordura no tronco e predispõe a sofrer complicações metabólicas (especialmente a diabetes tipo 2 e as dislipidemias). A obesidade periférica acumula depósitos de gordura da cintura para baixo e produz problemas de sobrecarga nas articulações.

Obesidade mórbida

A obesidade mórbida é uma das enfermidades mais características do nosso tempo, especialmente pelo número de complicações que têm associadas.

Para tratá-la é necessário um procedimento cirúrgico, já que as dietas não apresentam nenhum tipo de efeito.

As segundas são menos agressivas, já que não precisam ressecar nada, basta reduzir o tamanho do estômago para que o paciente não consiga comer grandes quantidades. A cirurgia seccional é a única maneira de o paciente perder peso em muitos casos de obesidade mórbida.

Com as técnicas redutoras se produzem menos efeitos colaterais, mas não se perde peso com a mesma facilidade. Existem três técnicas cirúrgicas principais para a obesidade mórbida: a gastroplastia vertical ou a técnica de Maxon, a gastroplastia com banda gástrica ajustável ou “by-pass” gástrico.

Obesidade infantil

Envolve alterações endócrino metabólicas que condicionam um maior risco cardiovascular na idade adulta.

Esses fatores estão relacionados, fundamentalmente, com a idade de início da obesidade e com o tempo de evolução. Quando a obesidade ocorre em uma idade muito precoce ou dura muito tempo, o risco de desenvolver problemas cardiovasculares na idade adulta também é maior.

Os médicos aconselham que, para prevenir a obesidade em crianças, é bom que a dieta seja variada e elástica, reduzindo as gorduras e alimentos industriais, em geral. Também é essencial que elas se exercitem e estejam cientes de que devem ter uma alimentação saudável.
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Diagnóstico

A maneira mais comum de determinar se um paciente sofre de obesidade é calcular seu índice de massa corporal, pelo qual se obtém a quantidade de gordura corporal e dependendo dos resultados, quais são os possíveis riscos para a saúde.

A partir disso, o especialista poderá determinar se houve algum dano colateral no restante do organismo e diagnosticá-lo para tratamento.

Tratamentos para a obesidade

A melhor maneira de tratar a doença é preveni-la e para isso, deve ser detectada precocemente nos pacientes nos quais a partir dos 20-25 anos, começa a mudar o peso.

Os médicos consideram que uma pessoa obesa deve ser considerada como um enfermo crônico que requer um tratamento a longo prazo, com padrões alimentares, modificação dos hábitos de comportamento, exercícios físicos e terapia farmacológica.

As novas abordagens terapêuticas baseiam-se em promover uma perda de peso com programas de controle das enfermidades e problemas associados, que dão origem a problemas vasculares, cardíacos e metabólicos.

O obeso não deve perder quilos, mas sim gordura, com perdas pequenas e duradouras que implicam uma rentabilidade metabólica. É necessário consolidar a perda de peso a longo prazo e também reduzir o risco de morte prematura, doença cardíaca, metabólica e vascular.

Em certos casos, os médicos podem decidir que, além de mudar a dieta e realizar exercício físico, é necessário completar o tratamento com medicamentos, que devem ser administrados com uma dieta moderadamente hipocalórica e balanceada.

Outros dados

A obesidade pode ser classificada como leve (de 20 a 40% acima do peso), moderada ( de 41% a 100% acima do peso) ou grave (mais de 100% acima do peso). A obesidade é grave em apenas 0,5% das pessoas obesas.

Alguns pesquisadores sugerem que, em média, a influência genética contribui com cerca de 33% do peso corporal, mas essa influência pode ser maior ou menor dependendo da pessoa.